O Tabuleiro Politico

O deputado federal José Guimarães (PT-CE), líder do governo Lula na Câmara dos Deputados, foi considerado em áudios obtidos pela Polícia Federal (PF) que investiga um esquema de desvio de verbos de emendas parlamentares no Ceará. As gravações indicam tratativas entre políticos e empresários para direcionar recursos de emendas destinadas à saúde no município de Choró, com parte dos valores previstos desviados para caixa dois.

Em uma das conversas interceptadas, o empresário Carlos Douglas Almeida Leandro propõe ao então candidato o prefeito de Choró, Carlos Alberto Queiroz Pereira, conhecido como Bebeto, o desvio de recursos provenientes de uma “emenda de comissão” atribuída a José Guimarães. Leandro menciona que a proposta foi articulada por Ilomar Vasconcelos, vice-prefeito de Canindé. Bebeto demonstra interesse na área da saúde e sugere uma reunião com Guimarães para discutir os detalhes.

Posteriormente, Bebeto envia um áudio a Adriano Almeida Bezerra, secretário parlamentar do deputado federal Júnior Mano, mencionando a intenção de desviar até 12% de uma emenda de R$ 1,5 milhão destinada à saúde. Bezerra responde de forma afirmativa, diminuindo concordância com o plano.

Em resposta às acusações, José Guimarães negou qualquer envolvimento no esquema e afirmou não conhecer os indivíduos referenciados nas gravações. Em nota, declarou: “Nunca houve nenhum indicativo de que emendas de seu gabinete fossem liberadas para qualquer prática escusa de desvio de palavra.”

As investigações da PF apontam que o deputado Júnior Mano desempenha um papel central no esquema, que abrange 51 municípios do Ceará. A relação entre Mano e Bebeto teria estruturado um sistema de corrupção baseado no direcionamento de emendas parlamentares, uso de caixa dois e manipulação estratégica estratégica.

O caso lança luz sobre práticas ilícitas envolvendo emendas parlamentares e reforça a necessidade de maior transparência e fiscalização na destinação de recursos públicos. A menção ao nome de José Guimarães, líder do governo na Câmara, em conversas que sugerem desvios de verbos, levanta questionamentos sobre a integridade dos processos legislativos e a conduta dos representantes eleitos.

A investigação segue em curso, e novos desdobramentos poderão trazer à tona mais detalhes sobre o esquema e seus envolvidos. Enquanto isso, a sociedade aguarda esclarecimentos e medidas que assegurem a correta aplicação dos recursos públicos e a responsabilização dos lesados.

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