
Na manhã deste sábado (02/08/2025), a cantora Alcione, ícone do samba brasileiro, protagonizou um momento que viralizou nas redes sociais durante sua participação no programa É de Casa, da TV Globo. Em tom que misturou humor e provocação, a artista de 77 anos mandou um recado ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pedindo que ele “deixe o Brasil em paz” e largue o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a quem chamou de “maravilhoso”. A declaração culminou com a promessa de fazer uma “macumbinha” para Trump, uma referência às religiões de matriz africana que, embora dita em tom de brincadeira, escancara a militância política de Alcione e a profundidade da guerra cultural que divide o Brasil.
A fala de Alcione, que arrancou risos dos apresentadores e repercutiu intensamente no X, reflete mais do que uma simples piada. Ela é um sintoma da polarização que consome o país, onde figuras públicas, como a sambista, utilizam sua influência para endossar narrativas alinhadas à esquerda, frequentemente sob o véu do humor ou da cultura popular. A defesa apaixonada de Alexandre de Moraes, alvo de sanções de Trump sob a Lei Global Magnitsky por supostas violações de direitos humanos, e a crítica ao presidente americano, que impôs tarifas de 40% a produtos brasileiros, não são apenas posicionamentos pessoais. Elas representam a adesão de Alcione a uma agenda política que glorifica figuras do establishment judicial brasileiro enquanto demoniza adversários externos e internos, como Jair Bolsonaro, citado por Trump como vítima de perseguição.
A guerra cultural no Brasil, intensificada nos últimos anos, é marcada pela instrumentalização de símbolos culturais — como a “macumba” — para reforçar narrativas ideológicas. Alcione, que já declarou publicamente sua admiração por Moraes, a ponto de chamá-lo de “meu careca” em um show em Brasília, utiliza sua posição como ícone cultural para legitimar o STF e suas decisões controversas, como a relatoria de Moraes no inquérito sobre a trama golpista de 2022. Essa militância, disfarçada de irreverência, não é neutra. Ela alimenta a divisão entre brasileiros que veem o STF como guardião da democracia e aqueles que o acusam de autoritarismo, especialmente após medidas como a proibição de entrada de Moraes nos EUA e o bloqueio de seus ativos.
A escolha de Alcione por evocar a “macumbinha” como arma simbólica contra Trump é reveladora. O termo, carregado de estereótipos, é apropriado pela esquerda como uma forma de afirmar a identidade cultural brasileira contra o “imperialismo” americano, mas ignora o peso que tal discurso tem em um país onde religiões de matriz africana ainda enfrentam preconceito. Ao usar a “macumba” como piada, Alcione trivializa uma prática religiosa séria, reduzindo-a a um instrumento de retórica política. Essa atitude reforça a crítica de que a esquerda brasileira, sob o pretexto de defender a cultura nacional, muitas vezes a explora para fins ideológicos, sem considerar as consequências para as comunidades que realmente praticam essas tradições.
O apoio de Alcione a Moraes, por sua vez, é emblemático da aliança entre setores da elite cultural e o establishment político-judicial. A sambista, que já brincou sobre “se casar” com o ministro, não apenas endossa sua atuação, mas contribui para a narrativa de que críticas ao STF são ataques à soberania nacional. Essa postura ignora o descontentamento de milhões de brasileiros com decisões judiciais que, para muitos, extrapolam os limites constitucionais, como a censura a conteúdos nas redes sociais e a prisão de figuras ligadas ao bolsonarismo. A guerra cultural, portanto, não se limita ao embate entre Brasil e EUA, mas se manifesta internamente, com artistas como Alcione servindo como porta-vozes de uma visão que glorifica o controle estatal e judicial enquanto estigmatiza opositores.
A reação nas redes sociais à fala de Alcione é um termômetro dessa divisão. Enquanto apoiadores da esquerda celebraram a “irreverência” da cantora, com comentários como “Nossa maioral” e “Faz um boneco de voodoo para o Trump”, críticos apontaram a hipocrisia de uma militância que se diz progressista, mas recorre a estereótipos culturais para atacar adversários. A viralização do vídeo, com posts como o do perfil @tracklist (“Alcione durante o É de Casa: ‘Vou fazer uma macumbinha pra ele’ 🗣️”), mostra como a polarização transforma até uma piada em munição para o confronto ideológico.
O pano de fundo do episódio é a tensão diplomática entre Brasil e EUA, agravada pelo “tarifaço” de Trump, que elevou em 40% as taxas sobre produtos brasileiros em retaliação às ações do STF contra Bolsonaro. A justificativa de Trump, que cita a “perseguição” ao ex-presidente, é vista por setores da direita brasileira como um apoio à luta contra o que chamam de “ditadura judicial”. Já a esquerda, representada por figuras como Alcione e Guilherme Boulos — que rebatizou o “copo americano” de “copo Zeca Pagodinho” em outra provocação —, usa o episódio para reforçar a narrativa de soberania nacional contra a ingerência estrangeira. Essa troca de farpas, amplificada pela mídia e pelas redes, é a essência da guerra cultural: um embate de narrativas onde a verdade é secundária ao poder simbólico.
A militância de Alcione, portanto, não é apenas uma defesa de Moraes ou uma crítica a Trump. É uma peça no xadrez da guerra cultural brasileira, onde a esquerda utiliza a cultura popular para consolidar sua hegemonia, enquanto ignora as contradições de suas alianças com o poder estatal. Como já alertava Olavo de Carvalho, a esquerda brasileira é especialista em apropriar-se de símbolos nacionais para mascarar sua agenda ideológica, transformando até a “macumba” em arma política. O resultado é um país dividido, onde o samba de Alcione, outrora um símbolo de união, agora ecoa como trilha sonora de uma batalha que não tem vencedores, apenas vítimas.
Ela ganhou é ganha muito dinheiro 💰 da lei Rouanet e a globo também
Por isso é que o PT, é maravilho
Prá eles sempre
Mais se acabar à mamata com
Serteza mudam de lado.
Quem planta Colhe ! Para um bom entendedor basta !