
Uma sessão pública da Câmara Municipal de Curitiba, realizada na terça-feira (5), virou palco de intensa controvérsia após a vereadora Professora Angela (PSOL) distribuir um folder informativo que continha orientações sobre o consumo de substâncias como maconha, cocaína e LSD. Criticado por opositores como incentivo ao uso de drogas ilícitas, o material provocou um pedido de cassação do mandato da parlamentar.
Conteúdo que gerou polêmica
Conforme relatado, o folder abordava métodos de redução de danos — incluindo o uso de piteiras apropriadas para fumar maconha, canudos para consumo de cocaína (com o objetivo de evitar infecções) e orientação sobre dosagem mínima para uso de LSD. O vereador Da Costa do Perdeu Piá (União) classificou o conteúdo como “apologia ao uso de drogas”, afirmando que o material chegava a instruir sobre técnicas de consumo.
Defesa da vereadora e posicionamento da Câmara
Em sua defesa, Professora Angela afirmou que o folder foi elaborado com base em diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e visa promover um debate fundamentado em ciência, direitos humanos e redução de danos, em contraposição a abordagens moralistas ou proibicionistas.
Por sua vez, a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) emitiu nota afirmando que, embora reconheça o papel democrático das audiências públicas, não compactua com discursos que direta ou indiretamente configurem apologia ao uso de drogas ou incentivo a práticas ilícitas. A Casa garantiu que analisará eventuais excessos à luz do regimento interno e da legislação vigente.