Por: Bruno Lobo Monteiro
Quando Lula assumiu novamente a presidência do Brasil, muitos acreditaram em promessas de prosperidade e avanço social. Contudo, passados meses de sua gestão, os indicadores econômicos revelam um cenário preocupante: inflação elevada, desvalorizacão do real, aumento no preço dos alimentos e combustíveis, e uma queda significativa no poder de compra dos brasileiros. Este quadro era previsível para aqueles que, analisando a história e as propostas do atual governo, compreenderam que a adoção de uma agenda populista e intervencionista inevitavelmente traria consequências nefastas para a economia nacional.
No último ano, a inflação acumulada chegou a 7,2%, um número acima da meta estabelecida pelo Banco Central. Essa alta tem corroído o poder de compra da população, especialmente das classes mais baixas, que destinam a maior parte de sua renda ao consumo de itens essenciais como alimentos e energia. Dados do IBGE indicam que, entre os produtos mais afetados, estão os alimentos básicos, como arroz e feijão, que tiveram aumentos de mais de 10% em apenas seis meses.
Além disso, a desvalorizacão do real frente ao dólar também merece destaque. Em janeiro de 2023, o dólar era cotado a R$ 5,20; atualmente, ultrapassa os R$ 5,60, refletindo a desconfiança do mercado em relação à política econômica do governo. Essa situação não apenas encarece produtos importados, mas também aumenta os custos de produção interna, pressionando ainda mais os preços ao consumidor.
O aumento dos combustíveis é outro fator que tem impactado negativamente a economia. Durante a campanha eleitoral, Lula prometeu a redução de impostos sobre gasolina e diesel. Contudo, na prática, houve reajustes frequentes nos preços, além do retorno dos impostos federais sobre combustíveis, o que resultou em uma alta acumulada de 15% no preço final ao consumidor. Essa medida não só contraria as promessas de campanha, mas também demonstra a falta de planejamento e coerência na gestão econômica.
Enquanto isso, o desemprego continua em patamares elevados, afetando cerca de 8,9% da população economicamente ativa, de acordo com dados recentes do Caged. Para muitos trabalhadores, mesmo aqueles empregados, a situação é de subemprego ou remuneração insuficiente para arcar com os custos crescentes de vida.
Todos esses problemas estão intrinsecamente ligados a uma política econômica que prioriza o aumento dos gastos públicos em detrimento da austeridade fiscal. O governo Lula tem optado por ampliar programas sociais e subsídios sem a devida preocupação com o equilíbrio orçamentário. Isso não apenas pressiona a inflação, mas também reduz a confiança de investidores, comprometendo o crescimento econômico de longo prazo.
A situação atual confirma o que muitos economistas e analistas políticos previram: a repetição de uma agenda econômica ultrapassada e baseada em medidas populistas não poderia trazer resultados diferentes daqueles observados nos mandatos anteriores de Lula. A história, como sempre, ensinou, mas poucos estiveram dispostos a ouvir.
A solução para essa crise não está em medidas paliativas ou em discursos inflamados, mas em uma mudança estrutural na forma como a economia é gerida. É necessário reduzir os gastos públicos, implementar reformas estruturais e criar um ambiente que favoreça a iniciativa privada. Apenas assim o Brasil poderá retomar o caminho do crescimento sustentável e devolver à sua população a dignidade de viver em uma economia estável e próspera.