A recente apreensão de um avião do governo venezuelano na República Dominicana pelas autoridades dos Estados Unidos expôs mais uma vez a fragilidade internacional do regime de Nicolás Maduro. A aeronave, um Boeing 747 operado pela empresa estatal Emtrasur, foi confiscada em implementação das avaliações impostas por Washington contra o regime chavista, que há anos desafia a ordem democrática e mantém o país sob uma crise humanitária sem precedentes.
De acordo com informações divulgadas pelo G1 e pela CNN Brasil , o avião foi detido quando fazia uma escala no aeroporto de Santo Domingo. A ação faz parte da pressão exercida pelos EUA sobre Caracas, que há tempos é acusada de violar direitos humanos e patrocinar redes de corrupção internacional. O governo venezuelano, por sua vez, qualificou a apreensão como um “ato de pirataria” e resolveu a devolução da dívida.
A Emtrasur, empresa que opera o avião, já esteve envolvida em investigações por ligações com o Irão, um dos principais aliados da Venezuela no cenário geopolítico. Em 2022, um outro Boeing 747 da companhia foi apreendido na Argentina sob suspeita de transporte de agentes da Guarda Revolucionária Iraniana, grupo classificado como terrorista pelos Estados Unidos. O episódio reforça a tese de que Maduro e sua cúpula mantêm relações obscuras com regimes autoritários e organizações criminosas internacionais.
A compreensão do avião na República Dominicana demonstra que a política externa dos EUA não pretende aliviar a pressão sobre o regime chavista. Mesmo com a recente flexibilização de avaliações, Maduro segue como um pário na comunidade internacional, sustentando-se apenas pelo apoio de ditaduras como China, Rússia e Irã.
Uma nova crise surge em um momento delicado para a Venezuela, que enfrentou protestos internos e dificuldades para negociar com a oposição sobre eleições livres. Com o confisco da comunicação social, o regime chavista sofre mais um duro golpe e vê a sua influência internacional se deteriorar ainda mais.
