Fortaleza tem se destacado negativamente no cenário econômico do Nordeste devido ao elevado custo da cesta básica. Em fevereiro de 2025, o valor da cesta básica na capital cearense atingiu R$ 710,66, consolidando-se como o mais alto entre as capitais das regiões Norte e Nordeste. Esse montante representa um aumento de 1,46% em relação ao mês anterior e um expressivo crescimento anual de 13,22%, o mais elevado do país.
Diversos fatores contribuíram para essa elevação de preços. O café, por exemplo, registrou um aumento mensal de 7,46%, alcançando R$ 18,58 por 300 gramas. O tomate também apresentou alta significativa de 4,70%, custando R$ 93,48 por 12 quilogramas. Além disso, a carne, item de maior peso na composição da cesta, teve um acréscimo de 2,30%, chegando a R$ 224,01 por 4,5 kg.
No acumulado de 2024, a cesta básica em Fortaleza registrou um aumento de 6,88%, atingindo R$ 673,77 em dezembro daquele ano. Esse valor exigia que um trabalhador destinasse 51,59% do salário mínimo líquido vigente para adquirir os produtos básicos. Produtos como o café (54,07%), a carne (28,06%) e o óleo de soja (26,86%) foram os principais responsáveis por essa elevação anual.
Comparativamente, outras capitais nordestinas apresentaram valores mais baixos para a cesta básica. Em dezembro de 2024, Aracaju registrou o menor custo, com R$ 554,08, seguida por Salvador (R$ 583,89) e Recife (R$ 588,35). Essa disparidade evidencia a pressão inflacionária mais acentuada enfrentada pelos fortalezenses.
A contínua elevação nos preços dos alimentos básicos em Fortaleza reflete desafios econômicos significativos, impactando diretamente o poder de compra da população e ressaltando a necessidade de políticas eficazes para conter a inflação alimentar na região.
