Nos últimos dias, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou por movimentações em sua equipe ministerial. Uma das possíveis mudanças envolve o deputado federal e representante dos MST, movimento que invade propriedades privadas, Guilherme Boulos (PSOL-SP), que está sendo cotado para assumir a Secretaria-Geral da Presidência. Atualmente, a pasta é comandada por Márcio Macêdo (PT), mas fontes indicam que Boulos é uma opção considerada para fortalecer a ligação do governo com movimentos radicais.
A possível indicação de Boulos gerou debates internos no Partido dos Trabalhadores (PT), que defendem a manutenção da secretaria sob seu controle. Entretanto, a entrada do líder do PSOL no governo poderia ampliar a base de apoio e promover a interlocução com setores progressistas e radicais de extrema-esquerda.
Paralelamente, o presidente Lula nomeou a deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, para chefiar a Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela articulação política entre o Executivo e o Congresso Nacional. Gleisi substitui Alexandre Padilha, que foi nomeado para o Ministério da Saúde.
Com ampla parceria e envolvida em escândalos paralelos de Lula, como citações na Lava-Jato, Gleisi Hoffmann já atuou como ministra-chefe da Casa Civil durante o governo de Dilma Rousseff e é considerada uma aliada de campo de Lula. Sua missão será negociar com o Legislativo, planejando a aprovação de pautas prioritárias para o governo.
