O Tabuleiro Politico

A Escalada da Perseguição Judicial contra a Direita

O ministro Alexandre de Moraes determinou, no dia 7 de junho de 2025, a prisão definitiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), condenada a 10 anos de prisão por suposta invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Além disso, Moraes notificou a Câmara dos Deputados, presidida por Hugo Motta (Republicanos-PB), para formalizar a cassação do mandato da parlamentar, um dos pilares do bolsonarismo no Brasil.

A Prisão Definitiva

A decisão de Moraes, publicada em 7 de junho de 2025, converteu a prisão preventiva de Zambelli, decretada dias antes, em definitiva, após a Primeira Turma do STF rejeitar, por unanimidade, os recursos apresentados pela defesa da deputada e do hacker Walter Delgatti Netto. Condenada por invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica, Zambelli enfrenta uma pena de 10 anos em regime fechado, perda do mandato parlamentar e uma multa de R$ 2 milhões por danos morais coletivos. A PGR, sob o comando de Paulo Gonet, acusou a deputada de ser a “autora intelectual” de um ataque ao sistema do CNJ, que incluiu a inserção de um falso mandado de prisão contra o próprio Moraes. A defesa, no entanto, sustenta que as acusações carecem de provas robustas, baseando-se exclusivamente nos depoimentos de Delgatti, um hacker com histórico de inconsistências.

A determinação de Moraes também inclui o envio de documentos ao Ministério da Justiça para formalizar o pedido de extradição de Zambelli, que deixou o Brasil rumo à Europa, onde busca tratamento médico e denuncia a “ditadura judicial” brasileira. A inclusão de seu nome na lista vermelha da Interpol, solicitada pelo STF, transforma a deputada em foragida internacional, intensificando o cerco contra uma das vozes mais combativas da direita. Para líderes conservadores, como Carlos Jordy (PL-RJ) e Nikolas Ferreira (PL-MG), a decisão é um “ataque frontal à democracia”, que visa silenciar a oposição ao governo Lula e ao petismo.

Cassação do Mandato

A notificação à Câmara dos Deputados para declarar a perda do mandato de Zambelli é um dos pontos mais controversos da decisão. Segundo Moraes, a condenação em regime fechado torna automática a suspensão dos direitos políticos da deputada, conforme prevê a Constituição. Contudo, há divergências na Casa sobre a necessidade de uma votação em plenário para confirmar a cassação, com aliados de Zambelli, como o líder da oposição Zucco (PL-RS), argumentando que a medida viola as prerrogativas parlamentares. “A Constituição é clara: um deputado só pode ser preso em flagrante por crime inafiançável. Moraes rasga o devido processo legal e ataca a soberania do Legislativo”, declarou Zucco.

A cassação de Zambelli, se confirmada, não apenas encerra sua trajetória política, mas também acelera a tramitação de outros processos contra ela, como o caso do porte ilegal de arma em 2022, no qual já há maioria no STF para condená-la a cinco anos e três meses de prisão. A inelegibilidade por oito anos, imposta pela Lei da Ficha Limpa, já está em vigor, representando um duro golpe para a direita, que perde uma de suas figuras mais carismáticas e combativas.

O Contexto das Acusações: Um Sistema Judicial Enviesado

A condenação de Zambelli está ancorada em dois episódios principais:

  1. Invasão ao Sistema do CNJ (2023): A PGR alega que Zambelli planejou e financiou a invasão ao sistema do CNJ, com a colaboração de Walter Delgatti, para inserir documentos falsos, incluindo um mandado de prisão contra Moraes. A defesa contesta a validade das provas, destacando que Delgatti, conhecido por sua atuação no caso “Vaza Jato”, tem credibilidade questionável. A ausência de evidências diretas contra Zambelli reforça a narrativa de perseguição política, especialmente considerando que o STF, sob Moraes, tem se notabilizado por decisões que favorecem o establishment esquerdista.
  2. Outros Processos: Além da invasão ao CNJ, Zambelli é ré em um processo por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal, decorrente do episódio de 2022, quando perseguiu um homem com uma pistola em São Paulo. A deputada alega ter agido em legítima defesa após ser provocada por um militante petista, mas o STF, em votação paralisada por um pedido de vista de Kassio Nunes Marques, parece inclinado a condená-la. Inquéritos sigilosos, como os das “fake news” e das “milícias digitais”, também mantêm Zambelli na mira do Supremo.

A Saúde Psicológica de Zambelli: Uma Vítima do Linchamento Judicial

A pressão judicial e política sobre Carla Zambelli tem cobrado um preço elevado. Diagnosticada com depressão, síndrome de Ehlers-Danlos e síndrome da taquicardia postural ortostática, a deputada afirmou, em entrevista à Rádio Auriverde, que busca tratamento médico na Europa, onde também pretende denunciar a “escalada autoritária” do STF em cortes internacionais. A saída do país, classificada por Moraes como “fuga”, foi motivada, segundo ela, pela necessidade de preservar sua saúde e sua vida, já que “não sobreviveria à prisão” devido às suas condições médicas.

O isolamento político, agravado pela falta de apoio de aliados como Jair Bolsonaro, que a responsabilizou pela derrota nas eleições de 2022, intensifica o drama psicológico de Zambelli. Antes uma liderança vibrante do movimento “Nas Ruas”, ela agora enfrenta o peso de ser considerada foragida, com suas contas bancárias bloqueadas, redes sociais suspensas e até mesmo os perfis de sua mãe, Rita Zambelli, e de seu filho, João Zambelli, alvos de medidas judiciais. “O STF não ataca apenas a deputada, mas a mãe e a filha. É uma perseguição que visa destruir uma família”, declarou Zambelli em nota.

A Reação da Direita e o Silêncio do PT

Enquanto a esquerda, representada por figuras como Lindbergh Farias (PT-RJ) e Sâmia Bomfim (PSOL-SP), celebra a decisão de Moraes como uma “vitória da justiça”, a direita se mobiliza em apoio a Zambelli. Parlamentares como Bia Kicis (PL-DF) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que também está no exterior, denunciam a decisão como um “abuso de poder” e um “recado” do STF para intimidar a oposição. Em contrapartida, o PT, que governa sob a sombra de escândalos como o mensalão e o petrolão, permanece em silêncio sobre a politização do Judiciário, beneficiando-se de um sistema que parece proteger seus aliados enquanto pune seus adversários.

Conclusão: Um Alerta à Democracia Brasileira

A prisão definitiva de Carla Zambelli e a notificação para a cassação de seu mandato são mais do que um revés para a deputada; são um ataque à liberdade de expressão e à soberania do voto popular. O STF, sob a liderança de Alexandre de Moraes, consolida-se como um instrumento de controle político, mirando lideranças conservadoras enquanto ignora as transgressões da esquerda. A luta de Zambelli, agora em solo europeu, é um símbolo da resistência da direita contra a tirania judicial. Cabe aos brasileiros refletirem: até quando toleraremos a instrumentalização das instituições contra aqueles que ousam desafiar o establishment?

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