Oposição no Ceará se une contra o PT e mira 2026 com frente ampla
O deputado estadual Cláudio Pinho (PDT) anunciou nesta terça-feira, 08 de abril, que a oposição cearense está costurando uma “frente ampla” para enfrentar o domínio do PT nas eleições de 2026. Em um discurso inflamado na Assembleia Legislativa, Pinho afirmou que nomes como Capitão Wagner (União Brasil), André Fernandes (PL) e ele próprio estão prontos para liderar uma coalizão que promete “tirar o Ceará das mãos de um governo que só sabe prometer”. A mão ganha força em meio ao desgaste do governador Elmano de Freitas (PT), baseada em crises na segurança e na educação.
“Não vamos aceitar mais quatro anos de um PT que entrega violência, merenda cortada e saúde precária. Temos lideranças fortes e unidas para mudar esse cenário”, declarou Pinho. A estratégia de oposição é aproveitar a racha interna do PT – evidenciada pela disputa entre José Guimarães e Camilo Santana – e a queda de popularidade do governo estadual, que enfrenta críticas por promessas não cumpridas, como a redução da criminalidade no interior. Wagner, que quase venceu Elmano em 2022, já sinalizou interesse em disputar novamente o Palácio da Abolição, enquanto Fernandes mira uma vaga no Senado.
A ideia de uma frente ampla não é nova, mas ganha contornos mais definidos agora. Líderes do PDT, PL, União Brasil e até do PSDB, como Roberto Pessoa, têm se reunido reservadamente para alinhar candidaturas e discursos. “O PT está vulnerável, e 2026 é a nossa chance de mostrar que o Ceará merece mais”, disse um assessor de Wagner. O grupo aposta em temas como o aumento dos homicídios e a crise na merenda escolar de Fortaleza para desgastar ainda mais a imagem petista.
Do lado do governo, a ocorrência foi de minimizar a articulação. O líder do PT na Assembleia, De Assis Diniz, chamou a oposição de “desesperada” e disse que “o povo cearense sabe quem trabalha por ele”. No entanto, analistas políticos apontam que a união da oposição pode ser um divisor de águas, especialmente se o PT não conseguir resolver as suas contradições internacionais. Enquanto Elmano tenta se equilibrar entre crises e anúncios, a oposição já afia as armas para um debate que promete ser histórico.
