O Tabuleiro Politico

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), despachou na noite de sexta-feira, 25 de julho de 2025, decisão que autorizou a atuação da força policial para retirar deputados federais bolsonaristas acampados na Praça dos Três Poderes, em Brasília, e condicionou seus atos à prisão em flagrante caso resistissem.

A ordem atendeu a um pedido formal da Procuradoria-Geral da República (PGR), alegando risco à segurança institucional. Moraes citou explicitamente os deputados Hélio Lopes (PL‑RJ), Sóstenes Cavalcante (PL‑RJ), Cabo Gilberto Silva (PL‑PB), Coronel Chrisóstomo (PL‑RO) e Rodrigo da Zaeli (PL‑MT), determinando a remoção imediata do local pela Polícia Militar do DF, sob pena de prisão por resistência ou desobediência.

Em despacho complementar, o ministro ampliou a proibição, vedando novos acampamentos num raio de 1 quilômetro da Praça dos Três Poderes, da Esplanada dos Ministérios e de quartéis das Forças Armadas — justificativa direta para evitar episódios semelhantes aos ataques de 8 de janeiro de 2023.

A atuação do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), foi imprescindível na mediação. Informou que tentou resolver a situação de forma pacífica, mas declarou: “vamos tentar tirar pacificamente. Se não saírem, serão presos”.

O protesto teve início com o deputado Hélio Lopes, que montou uma barraca em frente ao STF, vestindo esparadrapo na boca como alegoria ao suposto cerceamento de liberdade do ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente com tornozeleira eletrônica. Coronel Chrisóstomo em seguida aderiu ao protesto.

O cumprimento da ordem judicial ocorreu na madrugada de 26 de julho, com a saída imediata dos manifestantes. Após a retirada, tentaram transferir o protesto para a Praça das Bandeiras, mas também foram proibidos.

Impacto político e institucional

A decisão do ministro Alexandre de Moraes exibe, mais uma vez, o endurecimento da atuação do STF sobre manifestações políticas — especialmente aquelas alinhadas ao bolsonarismo. Para críticos da esquerda e do PT, trata-se de mais um episódio de concentração absurda de poder na mão de um magistrado que, no entendimento destes, extrapola os limites constitucionais.

Por outro lado, defensores da atuação veem na medida uma ação preventiva necessária diante da memória dos ataques violentos de janeiro de 2023, que demonstraram o risco de organização bolsonarista em cenários simbólicos do Estado brasileiro

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Bruno Lobo Monteiro – Redator e colunista em O Tabuleiro Político

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