Corte de 30% na merenda escolar em Fortaleza escancara descaso petista com a infância
A gestão do prefeito Evandro Leitão (PT) em Fortaleza enfrentou uma onda de indignação após denúncias de uma redução de 30% na qualidade e quantidade da merenda escolar nas escolas municipais. O problema, que veio à tona nas últimas semanas, transformou-se em um pesadelo político para o PT, que vê pais, professores e até aliados questionarem a prioridade dada à educação infantil. A crise, amplificada por relatos de cardápios reduzidos a bolachas e sucos industrializados, expõe o que críticos chamam de “máscara da esquerda” que promete cuidado social, mas entrega negligência.
Pais como Ana Cristina Silva, do bairro Pirambu, relatam que os filhos têm voltados para casa famintos. “Antes, a merenda tinha arroz, feijão, carne e fruta. Agora, é só um biscoito e um suco que não sustenta ninguém”, reclama. A Secretaria Municipal de Educação (SME) negou os cortes, afirmando que os cardápios foram “ajustados” às faixas etárias e ao tempo de permanência dos alunos, mas a falta de dados concretos só aumenta a desconfiança. Vereadores da oposição, como Carmelo Neto (PL), acusam a gestão petista de desviar recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que recebeu R$ 5,5 bilhões do governo federal em 2023, com reajuste de 39% na gestão Lula.
O ex-prefeito José Sarto (PDT) jogou lenha na fogueira ao afirmar, em redes sociais, que “nunca houve redução” em sua gestão e que a administração atual estava ocupada “comida com larvas” – uma acusação que, embora não comprovada, viralizou entre os fortalezenses. A secretária Dalila Saldanha respondeu que as denúncias são “fake news” e que a PME distribui 500 mil porções diárias seguindo normas nutricionais. No entanto, a ausência de transparência nos contratos e gastos da merenda levou à oposição a protocolar um pedido de CPI na Câmara Municipal, enquanto o Tribunal de Contas do Município (TCM) já analisa possíveis irregularidades.
Para a oposição, o caso é mais uma prova do fracasso petista em cumprir promessas de campanha. “O PT fala em combater a fome, mas corta a comida das crianças pobres. É uma vergonha nacional”, atirou Capitão Wagner (União Brasil). Associações de pais planejam protestos para esta semana, exigindo a volta da merenda de qualidade. Enquanto o governo municipal se defende, o desgaste político só cresce, evidenciando que o PT em Fortaleza pode estar cavando sua própria cova para as eleições de 2026.
