
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que as forças armadas americanas realizaram ataques aéreos contra instalações nucleares no Irã, visando impedir o desenvolvimento de uma arma nuclear. A operação, conduzida em coordenação com Israel, atingiu alvos estratégicos em Natanz, Fordow e Arak, destruindo centrífugas de enriquecimento de urânio e reatores de pesquisa, segundo fontes do Pentágono. Trump justificou a ação como uma resposta à “ameaça iminente” do programa nuclear iraniano, afirmando: “Não permitiremos que o Irã tenha uma bomba nuclear. Acabou a paciência.” O ataque, o primeiro direto dos EUA contra o Irã desde a Guerra do Golfo, eleva dramaticamente as tensões no Oriente Médio, com Teerã prometendo “retaliação devastadora” e a comunidade internacional temendo uma guerra regional. Até o momento, não há relatos de vítimas americanas, mas a mídia iraniana confirma dezenas de mortos, incluindo cientistas nucleares.
O Ataque: Operação “Escudo de Aço”
Em seu discurso televisionado, Trump detalhou que a operação, batizada de “Escudo de Aço”, envolveu caças F-22 Raptor, drones MQ-9 Reaper e mísseis Tomahawk lançados de navios no Golfo Pérsico. Os alvos incluíram o principal centro de enriquecimento de urânio em Natanz, o sítio fortificado de Fordow, construído sob uma montanha, e o reator de água pesada em Arak, todos considerados peças-chave do programa nuclear iraniano. “Destruímos completamente sua capacidade de produzir uma bomba nuclear por anos”, declarou Trump, citando relatórios de inteligência que apontavam o Irã a “semanas” de alcançar material físsil para uma arma. O Pentágono confirmou que todos os aviões retornaram em segurança às bases no Catar e nos Emirados Árabes Unidos.
A operação foi planejada após semanas de escalada, iniciada com ataques israelenses em 13 de junho contra instalações iranianas, seguidos por retaliações do Irã com mísseis balísticos contra Tel Aviv. Trump, que na terça-feira havia alertado que sua “paciência estava acabando”, autorizou o ataque após um drone iraniano atingir uma base americana na Jordânia na quinta-feira, ferindo três soldados. O presidente enfatizou que a ação não visa uma “mudança de regime”, mas a neutralização da “ameaça nuclear”. Ele também anunciou sanções adicionais contra a Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) e o congelamento de ativos iranianos em bancos internacionais.
Reação do Irã: Promessa de Retaliação
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, em um pronunciamento emergencial na IRNA, classificou o ataque como um “ato de terrorismo imperialista” e prometeu uma “resposta devastadora que fará os EUA e Israel se arrependerem”. O ministro das Relações Exteriores, Abbas Araghchi, informou que o Irã mobilizou suas forças armadas e alertou que bases americanas na região, incluindo no Iraque e na Síria, são alvos potenciais. A mídia estatal iraniana, como a Press TV, relatou pelo menos 47 mortos, incluindo os cientistas nucleares Mohsen Fakhrizadeh e Reza Zarghami, além de danos significativos às instalações de Natanz e Fordow. Imagens mostram colunas de fumaça sobre Teerã, com sirenes ecoando na capital.
O Irã também anunciou o fechamento do Estreito de Ormuz, por onde passa 20% do petróleo mundial, intensificando temores de uma crise energética global. Os preços do barril de petróleo Brent subiram 18% em poucas horas, atingindo US$ 105, segundo a Bloomberg. A Guarda Revolucionária mobilizou milícias aliadas, como o Hezbollah no Líbano e os Houthis no Iêmen, que ameaçaram atacar alvos americanos e israelenses.
Contexto: Uma Escalada Anunciada
O ataque dos EUA ocorre após meses de tensões crescentes. Em 1º de outubro de 2024, o Irã lançou 180 mísseis contra Israel em retaliação às mortes de líderes do Hamas e Hezbollah, atribuídas a Israel. Em 26 de outubro, Israel respondeu com a “Operação Dias de Arrependimento”, destruindo defesas aéreas iranianas. A ofensiva de 13 de junho, nomeada “Operação Leão Ascendente”, marcou uma nova fase, com Israel destruindo parte de Natanz e matando o chefe da IRGC, Hossein Salami. Trump, que inicialmente vetou um plano israelense para assassinar Khamenei, mudou de tom após o ataque a uma base americana, pressionado por aliados republicanos e pelo governo Netanyahu.
As negociações nucleares, mediadas por Omã, colapsaram em 15 de junho, com o Irã rejeitando as exigências americanas de suspender o enriquecimento de urânio e o apoio a grupos proxy. Relatórios da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) indicavam que o Irã acumulou urânio enriquecido a 90%, suficiente para uma arma nuclear, o que alarmou Washington e Tel Aviv. A decisão de Trump de atacar diretamente reflete sua doutrina de “paz através da força”, mas contraria alertas de aliados do G7 sobre os riscos de um conflito prolongado.
Reações Internacionais: Alarme e Divisões
A comunidade internacional reagiu com choque e preocupação. O secretário-geral da ONU, António Guterres, convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança, pedindo “contenção máxima” para evitar uma “catástrofe global”. A China e a Rússia, aliadas do Irã, condenaram o ataque, com o presidente russo Vladimir Putin acusando os EUA de “desestabilizar o mundo por interesses geopolíticos”. O ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, anunciou que Pequim enviará ajuda humanitária ao Irã.
Aliados ocidentais dos EUA, como o Reino Unido e a Alemanha, expressaram apoio cauteloso, mas pediram de-escalada. O primeiro-ministro britânico Keir Starmer afirmou que “o direito de defesa de Israel é inquestionável”, mas alertou para as “consequências imprevisíveis” de um conflito ampliado. O presidente francês Emmanuel Macron classificou o ataque como “desproporcional” e anunciou a evacuação de cidadãos franceses do Irã. No Brasil, o Itamaraty emitiu uma nota pedindo diálogo e reforçou alertas para brasileiros deixarem o Irã e Israel.
Nos EUA, a ação dividiu o Congresso. Republicanos, como o senador Lindsey Graham, elogiaram Trump, declarando no X: “O presidente acabou com a ameaça nuclear iraniana. Parabéns às nossas forças!” Democratas, como a senadora Elizabeth Warren, criticaram a “falta de estratégia”, alertando para o risco de uma guerra sem autorização congressional. A resolução bipartidária de Thomas Massie (R-KY) e Ro Khanna (D-CA), exigindo aprovação do Congresso para ações contra o Irã, ganhou apoio, refletindo temores de escalada.
Impacto: Rumo a uma Guerra Regional?
O ataque americano marca um ponto de inflexão na crise do Oriente Médio. Analistas do New York Times estimam que a destruição de Natanz e Fordow pode atrasar o programa nuclear iraniano por três a cinco anos, mas alertam que o Irã pode abandonar o Tratado de Não Proliferação Nuclear e buscar armas nucleares em segredo. A mobilização de proxies iranianos, como o Hezbollah, que possui 150 mil foguetes, e os Houthis, que controlam rotas marítimas no Mar Vermelho, aumenta o risco de um conflito multifrontal.
A interrupção do Estreito de Ormuz ameaça a economia global, com impactos já sentidos nos mercados asiáticos e europeus. A bolsa de Nova York caiu 3,5%, e companhias aéreas suspenderam voos para o Oriente Médio. Nos EUA, Trump enfrenta pressão interna para evitar uma guerra prolongada, especialmente após promessas de campanha de reduzir o envolvimento militar americano no exterior. No X, a hashtag #TrumpIranWar trending reflete a polarização, com usuários como @patriots4trump elogiando a “liderança forte” e @antiwar2025 alertando para “uma nova Síria ou Iraque”.