Ricardo Jardim já havia sido condenado por matar e ocultar o corpo da mãe em estrutura de concreto; novo crime traz à tona falhas no sistema penal e falhas de segurança

Um caso chocante tem tomado proporções nas redes sociais. Ricardo Jardim, 66 anos, foi preso recentemente pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul após ter esquartejado a namorada e deixado partes de seu corpo dentro de uma mala na rodoviária de Porto Alegre. A prisão devolveu à luz um passado ainda mais sombrio: em 2015, ele assassinou a própria mãe, Vilma Jardim, e ocultou o cadáver dentro de um móvel, cobrindo-o com concreto — fato que lhe valeu condenação de 27 anos em regime fechado.
Conforme investigado, Ricardo utilizou métodos friamente calculados para ocultar o crime: espalhou borra de café pela casa para disfarçar o odor e dispôs o corpo da mãe em um móvel sob medida, depois preenchido com concreto. A Justiça o condenou em 2018 por homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e porte ilegal de arma. No entanto, ele conseguiu progressão de regime e fugiu do cumprimento da pena, permanecendo foragido por aproximadamente um ano.
Na nova prisão, ocorrida em 5 de setembro de 2025, Jardim foi detido após câmeras de segurança registrarem a ação de abandono de uma mala com restos mortais na rodoviária de Porto Alegre. A vítima era sua companheira, uma manicure de aproximadamente 50 anos, cujo desaparecimento foi facilitado pelo uso de seu celular para fingir normalidade e por tentativas de saque em sua conta, configurando possível motivação econômica.