Por Oarlem Sena
2 de outubro de 2023;
A recusa do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em votar a mini reforma eleitoral proposta pelo governo para as eleições de 2024 abre um cenário de incertezas para o pleito que se aproxima.
A proposta, que foi aprovada pela Câmara dos Deputados, incluía uma série de mudanças, como a proibição de doações de pessoas jurídicas para campanhas, a criação de um fundo eleitoral público e a ampliação do voto em trânsito.
Com a recusa de Pacheco, a reforma não tem mais chances de ser aprovada antes das eleições. Isso significa que as regras que irão reger o pleito serão as mesmas de 2022, com a manutenção das doações de pessoas jurídicas e do fundo eleitoral privado.
Para o estrategista político Oarlem Sena, a recusa de Pacheco é um golpe para o governo e para os partidos que apoiam a reforma.
“É uma decisão que vai dificultar a fiscalização das campanhas e pode favorecer a compra de votos”, disse Sena. “Além disso, vai manter o status quo, que favorece os partidos tradicionais e dificulta a entrada de novos atores na política.”
A decisão de Pacheco também pode ter um impacto negativo na imagem do Senado, que já é visto como um órgão lento e pouco eficiente.
“O Senado está perdendo uma oportunidade de mostrar que está comprometido com a transparência e a democracia”, disse Sena. “Com essa decisão, o Senado está dando um passo atrás.”
O que esperar das eleições de 2024
Com a recusa de Pacheco, é possível que as eleições de 2024 sejam marcadas por um aumento da judicialização da política.
Partidos e candidatos que se sentirem prejudicados pelas regras atuais podem recorrer à Justiça para tentar mudar as regras do jogo.
Além disso, é possível que a falta de regulamentação sobre as doações de pessoas jurídicas leve a um aumento da corrupção nas campanhas.
“Sem a proibição de doações de pessoas jurídicas, os candidatos estarão mais vulneráveis a interesses privados”, disse Sena. “Isso pode levar a um cenário de compra de votos e de corrupção na política.”
Em suma, a recusa de Pacheco em votar a mini reforma eleitoral é um golpe para a democracia brasileira. A decisão do presidente do Senado deixa as eleições de 2024 ainda mais incertas e abre um cenário de possibilidades negativas para o futuro do país.
Oarlem Sena, é estrategista político com atuação internacional e está no mercado político desde 1996.
Fale com ele pelo: sena@oarlemsena.com.br ou (61) 9993692868
Artigo de altíssima qualidade. Indico para todos que desejam disputar eleições