A primeira-dama do Brasil, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, tem sido alvo de intensas críticas devido aos elevados gastos públicos associados às suas atividades e à manutenção de uma equipe informal de assessores. Apesar de não ocupar um cargo oficial no governo, Janja coordena uma estrutura composta por pelo menos 12 profissionais, incluindo assessores de imprensa, fotógrafos e especialistas em redes sociais, com salários que totalizam aproximadamente R$ 160 mil mensais.
Além dos custos salariais, essa equipe já acumulou despesas de R$ 1,2 milhão em viagens desde o início do atual mandato presidencial. A ausência de uma formalização oficial para esse “gabinete paralelo” levanta questionamentos sobre a transparência e a legalidade no uso de recursos públicos.
Em resposta a essas revelações, o deputado estadual Guto Zacarias (União Brasil-SP) lançou o “Janjômetro”, uma plataforma online destinada a monitorar e divulgar os gastos atribuídos à primeira-dama. O site alega que as despesas de Janja já ultrapassaram R$ 63 milhões, incluindo reformas, hospedagens de luxo e eventos. A iniciativa gerou ampla repercussão e, segundo o parlamentar, resultou em ameaças e pressões para que o portal seja retirado do ar.
As controvérsias em torno dos gastos de Janja estão gerando um desgaste no governo e até sua aprovação caiu. Janja virou sinônimo de memes e já tem até apelido: Esbanja.
Bruno Lobo Monteiro – Redator e colunista do O Tabuleiro Político.
